terça-feira, 28 de setembro de 2010

O arquivo RAW

O formato de arquivo RAW da fotografia digital é equivalente a um filme negativo na fotografia analógica, ele é intocável, o “RAW” registra exatamente as mesmas informações do sensor da câmera, pixel a pixel. As câmeras digitais, normalmente, criam esse arquivo RAW quando fazem um foto e depois através de alguns processos fazem a conversão dele para um arquivo de imagem JPEG ou TIFF e, em seguida, gravam o arquivo convertido no cartão de memória. As câmeras digitais têm de tomar várias decisões através do processo para gerar um arquivo RAW para convertê-lo para JPEG ou TIFF e assim esse formato de arquivo oferece a você mais controle sobre como a última imagem JPEG ou TIFF será gerada.
Um arquivo RAW é submetido a vários processos antes de ser convertido em um arquivo final de imagem JPEG ou TIFF e em cada uma dessas etapas são feitos diversos ajustes irreversíveis. Uma das principais vantagens da RAW é permitir ao fotógrafo de adiar a aplicação destes ajustes - dando mais flexibilidade para o fotógrafo aplicar depois essas alterações de uma forma mais adequada a cada imagem.
Compare a diferença da qualidade das imagens abaixo. A imagem da esquerda foi extraída de um arquivo RAW e a da direita é um JPEG processado pela própria câmera.
Vantagens
Qualidade: a qualidade do RAW é indiscutivelmente maior.


Para criação de HDRs é interessante fotografar em RAW para resultados ainda mais realistas e de qualidade
Editabilidade: editar um foto em RAW é maravilhoso, pois quase não perde-se qualidade. Você poderá editar, por exemplo, o balanço de branco utilizado na hora da foto, sem perda nenhuma de qualidade: isso acontece porque você não está editando “meros pixels” e sim o negativo da foto. Mexer na exposição e na recuperação de pontos estourados de luz também fica muito mais fácil quando se fotografa em RAW.
Desvantagens
Tamanho: o tamanho do arquivo é incrivelmente maior do que um arquivo em JPEG. Um arquivo RAW tem em média 3x o tamanho de um JPEG na máxima qualidade.
Velocidade: por ser um arquivo grande demora mais para ser processado na câmera.
Necessidade de Pós produção: o arquivo RAW não é uma imagem por si só, para visualizar é necessário um aplicativo. Na hora de imprimir, divulgar ou subir na internet você vai precisar transformar esse arquivo em um formato mais amigável como o JPEG, TIFF ou PNG.
Afinal, quando usar?
Usar: quando você quiser o melhor resultado que a sua câmera pode dar, quando você precisar de bastante…
Não usar: quando você precisa de velocidade ou disparar diversas fotos seguidas, quando você não pretende fazer edições…

Foto de Braulio Rezende

Fotografando Shows e Espetáculos

Em shows e espetáculos, as condições de iluminação não são favoráveis a uma boa fotografia, mas existem dicas que podem ser muito úteis na hora de fotografar o seu ídolo. Vale lembrar que você está fotografando um motivo cuja iluminação foi pensada para criar áreas claras e áreas de sombra dura, então evite uma foto com todas as áreas claras.


Equipamento

Caso você possua uma teleobjetiva, use-a, ela lhe permitirá tirar fotos de vários ângulos diferentes e não apenas de baixo pra cima.
O uso do flash é proibido em espetáculos teatrais e desaconselhável nos shows, pois o flash da sua máquina atua efetivamente até certa distancia e provavelmente você estará mais longe do palco que o valor da distancia efetiva do seu flash. Podemos compensar a iluminação deficiente alterando o valor do ISO.

ISO

Não vai colocando o ISO lá nas alturas. Devido à grande quantidade de sombras na iluminação do palco, o ruído vai estragar sua foto. Utilize valor de ISO no máximo 800, em casos extremos 1000.



Abertura

Não utilize grandes aberturas, isso diminuirá a profundidade de campo e você ficará com uma área de foco muito restrita. F/8.0 é uma boa abertura para manter vários personagens da cena em foco.



Velocidade

Não dá pra fotografar shows e espetáculos com tripé, pois a movimentação do artista inviabiliza a máquina parada. Só que com o ISO em 800 e abertura não tão grande, a velocidade tem que ser baixa, porém jamais abaixo de 1/30 pois o próprio movimento do artista vai estragar sua foto. Infelizmente (ou felizmente) somente a prática irá lhe dar conhecimento para determinar a velocidade ideal de acordo com a iluminação do palco.

Enquadramento

Boa e velha regra dos terços, utilizado-se dessa técnica, provavelmente você terá bons enquadramentos. Tente fazer composições mais interessantes com os elementos do palco e não somente o artista.

Pontos Turísticos

Quando viajamos queremos fotografar tudo ao redor. O problema é que existem lugares que já foram fotografados à exaustão, então o que podemos fazer para deixar as nossas fotos de lugares “clichês” mais interessantes?
Pesquise
A primeira dica é a seguinte: Antes de passear pesquise no Flckr fotos já feitas dos locais por onde você vai passar. Assim você já vai ter noção das fotos mais “clichês” e assim evitá-las, além de conhecer detalhes interessantes do local que podem ser úteis quando você estiver lá.

Foto de Braulio Rezende

De olho no Relógio
Como você sabe o melhor horário para fotografar é a Hora Mágica. Se você está viajando com pacote de passeios fechado é bom fugir de vez em quando para fotografar os lugares preferidos no horário mais interessante.

Busque novos ângulos
Para deixas suas fotos mais interessantes procure pelo menos sair do lugar comum, fazendo fotos de detalhes, de outros ângulos, mais de longe e mais de perto. Ande em volta e vá exatamente para o lado oposto de onde a multidão está indo! Você conseguirá fotos muito mais interessantes e originais.
Foto de Braulio Rezende

ILUMINAÇÃO

Entender e dominar a luz é um dos maiores desafios de um fotógrafo iniciante. Até mesmo fotógrafos profissionais às vezes encontram dificuldades em certas ocasiões.
Na verdade, ao tratarmos de tipos de luz existentes, estamos falando dos efeitos gerados por essas luzes. Então vamos observar primeiramente as definições das diferentes sombras na fotografia.

Sombras duras: nelas conseguimos ver bem o contorno da sombra. A diferença entre luz e sombra é fácil de traçar.


Sombras difusas: são sombras desfocadas, indefinidas, com a transição entre o claro e escuro pouco demarcada.

 Fotografado por Douglas

Luz dura: A luz dura é bem definida e tem seus feixes luminosos em uma mesma direção, por isso é chamada de luz direcional.

Luz suave: A luz suave é difusa e não direcional pois os feixes luminosos propagam-se em diferentes direções

FONTES DE LUZ

Luz natural

A luz natural é proporcionada pelo sol, que pode incidir diretamente ou indiretamente sobre o assunto. O aspecto da luz solar pode variar de acordo o horário e o tempo, resultando nos mais diversos aspectos à sua fotografia. Ao amanhecer, por exemplo, provoca tons quentes, com cores avermelhadas ou alaranjadas que são muito agradáveis para paisagens. A intensidade da luz logo pela manhã e à tarde é mais fraca, e produz imagens com boa definição e detalhes definidos, sem exagerar no contraste.


A Luz artificial

Além da luz natural, podemos usar outras fontes para iluminar nossas fotografia. Na maioria das vezes, usamos uma luz artificial quando a luz natural não é suficiente para iluminar a cena fotografada, como dentro de um ambiente fechado, ou em cenas noturnas.

A fonte de luz artificial mais usada é o flash eletrônico. Atualmente, todas as câmeras amadoras e semi-profissionais já tem um embutido no corpo da câmera, e funciona de maneira automática. Qualquer outra fonte de luz pode ser usada para iluminar uma cena a ser fotografada, como um holofote, lâmpadas, velas...
São as chamadas "fontes de luz contínua".


 Fotografado por Rogério

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Como escolher sua câmera fotográfica?

Escolher uma câmera, principalmente para quem está entrando no mundo fotografia e procura por seu primeiro equipamento, não é uma tarefa fácil. Para fazer a escolha certa, é necessário gastar um bom tempo fazendo comparações, pesquisas e observação de comentários de usuários mais experientes pela internet.
A escolha da câmera ideal vai depender de diversos fatores. Equivocadamente, pessoas menos informadas usam como referência a quantidade de megapixels que o equipamento possui para determinar sua qualidade. Segue algumas dicas para você acertar na hora de comprar a câmera que lhe atenderá melhor.



Qual o seu objetivo?
Se você deseja usar sua câmera somente para fotografar viagens, festas de família ou outros casos em que você não precisa do controle manual e deseja apenas apontar e disparar, procure por um equipamento mais simples, como as compactas.
Já se você for um amante da fotografia ou está começando enveredar no mundo da fotografia e busca ter o controle total sobre o resultado final da imagem, procure por câmera mais avançadas, como as DSLR, que possibilitam a troca das lentes. 

Quanto dinheiro você quer gastar?
Este é um dos fatores que mais deve ser levado em consideração. Para quem procura uma DSLR, a compra de novas lentes é muito importante - e dificilmente você vai se contentar em utilizar para sempre somente a lente do kit (que acompanha a máquina). Estas costumam ser lentes bacanas, mas que deixam a desejar quando o assunto é nitidez. Por isso, além de gastar dinheiro com sua câmera, você terá que prever outros gastos futuros, com lentes, filtros, flashs, etc.
No mercado existem diversas linhas, desde as DSLR mais simples e baratas, até as mais avançadas e caras. Se você está começando agora e não tiver condições muito boas, mas mesmo assim deseja comprar uma DSLR, procure pelos modelos mais baratos (como Canon T1i, Canon XSi, Nikon D60, Nikon D5000, etc).

       Nikon D60
Comece com o equipamento que caiba em seu orçamento e permita fazer o que você precisa: para trabalhar em eventos, por exemplo, você vai necessitar de lentes 'claras' e de um flash externo. 
Se dinheiro não é problema... aí é com você... compre modelos super avançados e profissionais, como uma Canon 1D Mark III.

DSLR: Pontos positivos

Qualidade de imagem - Devido às grandes dimensões dos sensores de imagem das DSLR, estas geram muito menos ruído nas fotos se comparadas às compactas.
Lentes - A capacidade de troca de lentes abre um mundo de possibilidades: dependendo do que estou fotografando, posso utilizar lentes que vão desde uma grande angular até uma tele de longo alcance.
Controles manuais - Embora alguns modelos compactos também ofereçam algum tipo de controle manual, as DSLR lhe dão o total controle sobre o resultado final da foto.
RAW – as câmeras DSLR permitem fotografar arquivos do tipo RAW, que lhe permitem uma liberdade muito maior na hora de editar suas fotos.

DSLR: Pontos negativos

Preço - Geralmente são muito mais caras que as compactas, até mesmo os modelos de entrada.
Tamanho e peso - Por terem tamanhos maiores, chamam muita atenção das pessoas em volta. Por este motivo, pode ser mais vantajoso utilizar uma compacta em determinadas situações. Além disto, por serem mais pesadas, carregá-las por muito tempo incomodar, principalmente para quem anda com outras lentes na mochila.
Complexibilidade - Como são projetadas para o uso manual, isto significa que você deve saber como usar as ferramentas que lhe oferecem.

Compactas: Pontos positivos

Tamanho e peso - Ser capaz de esconder uma câmera no bolso é uma característica muito boa! Com modelos cada vez mais finos e pequenos, isso é ótimo para diversas situações.
Operação silenciosa - Ao contrário das DSLR, que fazem bastante barulho ao tirar uma foto devido ao funcionamento de seu mecanismo interno, as compactas são extremamente silenciosas, de forma que as pessoas ao seu redor nem percebam que uma foto foi tirada.
Preço - Em termos gerais, as compactas são as câmeras mais baratas. Claro, você pode obter tops de linha por um preço tão alto quanto de uma DSLR, mas a maioria está numa faixa de preço muito mais acessível.

Comptactas: Pontos negativos

Qualidade de imagem - As compactas têm sensores de imagem pequenos, o que significa que a qualidade do que produzem é geralmente mais baixa.
A dependência do LCD - A maioria das compactas depende exclusivamente do LCD para o enquadramento da foto, enquanto alguns preferem usar um viewfinder.
Controles manuais limitados - A maioria dos modelos somente operam de forma totalmente automática, enquanto alguns trazem a possibilidade de se controlar alguns fatores, como tempo de exposição ou abertura do diafragma. Mas estes ajustes são muito limitados.

As câmera Bridge - modelos intermediários

Se você é um entusiasta e procura uma boa câmera que te permita ter controle manual sobre as fotos, mas não deseja gastar dinheiro mais futuramente na compra de lentes e outros acessórios, esta pode ser uma ótima opção.
As câmeras Bridge representam uma transição entre as compactas e as DSLR. Elas não permitem a troca de lentes, mas normalmente sua lente fixa dispõe de um zoom incrível, com modelos de até 20X, sendo muito versáteis!


Canon SX10IS 


Sony H50

domingo, 26 de setembro de 2010

Profundidade de Campo

Basicamente, a profundidade de campo é a região da área a ser fotografada que ficará nítida (desde que corretamente focalizada). Todas as áreas fora do foco ficarão, em maior ou menor grau, desfocados. Ela é muito importante, e pode servir de recurso para conduzir a atenção de um observador para determinado elemento e contribuindo para a composição da foto.


Na representação bidimensional de um objeto tridimensional, perde-se uma dimensão (a profundidade), essa profundidade pode ser reconstruída iludindo o cérebro a perceber a imagem como tridimensional. Trabalhando apropriadamente a profundidade de campo conseguiremos este resultado.
Há três determinantes que estão diretamente ligados à profundidade de campo:
- A abertura do diafragma
Quanto menor for a abertura do diafragma, maior será a profundidade de campo. Ou seja, maior a área da imagem a ser focalizada. Repare no exemplo, o resultado das diferentes aberturas de diafragma.

NOTA: Para obter uma boa exposição, é necessário ajustar a velocidade de obturação da máquina.
- A proximidade que estamos de um objeto
Quanto mais próximo estivermos do objeto a ser fotografado, menor será a profundidade de campo.
- Distancia focal da lente 
Quanto maior for a distância focal da lente, menor também será a profundidade de campo, e vice-versa

Foto de Douglas Brandão